As frases poéticas espalhadas na cidade
Me recepcionam
com a fonética
discreta do silêncio.
Depois, vem o vento e acaricia
com a delicadeza levemente fria
e, ao mesmo tempo, terna.
Tanto calor e amor se dispendeu
que até o inverno arrefeceu.
Dias bons redimem dias maus.
Não fossem os dias frios.
As madrugadas gélidas.
O corpo doído de sentir câimbras,
a dormência mágica da morte
que mistura
o eterno e o esquecimento.
As frases poéticas nas esquinas
Vestidas de vermelho.
De batons gritantes e desesperados.
Grifadas por chita barata e viés nos decotes.
Os corpos em movimento.
Andam, correm e ficam ofegantes...
Oxigênio poluído...
Brisa...
Árvore cinzenta.
Paquidermes, pombos e parasitas.
Violências, vírus e verrugas.
A calçada ali esticada
Como se fosse suicida
A cotejar a todos pelos pés.
Loucura
Lucidez
Saudades.
Amores arquivados.
Reminiscências fragmentadas.
A sua delicadeza poética
com uma paz estonteante...
Afetos em átomos incandescentes.
O cortejo...
A leveza de olhos
O risco de olhares infinitos
De mãos quentes
e suadas,
De pérolas que foram
areia.
E que voltam ao mar...
Dúvidas fritas como panquecas.
Requentadas.
Folhas dobradas
Palavras ao meio.
Parágrafos extasiados.
Sìlabas, vírgula
e encarnação.
Kardec, há de me perdoar...
Budha há de tolerar...
Vishu há de dançar
na linha do horizonte
e Durga com seus mil braços irá ajudar...
Shiva em sua trindade há
de me unificar...
Pois somos terra, ar, água e fogo...
Somos mais até quando somos ínfimos.
Somos orixás, deuses, anjos e demônios.
Pois somos o cosmos
Somos únicos e múltiplos.
Somos muitos e somos o deserto.
Poderosos mortais
que creem
e erguem
os dias,
os braços
e as
esperanças.
Todos os dias.
Em plena dislexia.
Me recepcionam
com a fonética
discreta do silêncio.
Depois, vem o vento e acaricia
com a delicadeza levemente fria
e, ao mesmo tempo, terna.
Tanto calor e amor se dispendeu
que até o inverno arrefeceu.
Dias bons redimem dias maus.
Não fossem os dias frios.
As madrugadas gélidas.
O corpo doído de sentir câimbras,
a dormência mágica da morte
que mistura
o eterno e o esquecimento.
As frases poéticas nas esquinas
Vestidas de vermelho.
De batons gritantes e desesperados.
Grifadas por chita barata e viés nos decotes.
Os corpos em movimento.
Andam, correm e ficam ofegantes...
Oxigênio poluído...
Brisa...
Árvore cinzenta.
Paquidermes, pombos e parasitas.
Violências, vírus e verrugas.
A calçada ali esticada
Como se fosse suicida
A cotejar a todos pelos pés.
Loucura
Lucidez
Saudades.
Amores arquivados.
Reminiscências fragmentadas.
A sua delicadeza poética
com uma paz estonteante...
Afetos em átomos incandescentes.
O cortejo...
A leveza de olhos
O risco de olhares infinitos
De mãos quentes
e suadas,
De pérolas que foram
areia.
E que voltam ao mar...
Dúvidas fritas como panquecas.
Requentadas.
Folhas dobradas
Palavras ao meio.
Parágrafos extasiados.
Sìlabas, vírgula
e encarnação.
Kardec, há de me perdoar...
Budha há de tolerar...
Vishu há de dançar
na linha do horizonte
e Durga com seus mil braços irá ajudar...
Shiva em sua trindade há
de me unificar...
Pois somos terra, ar, água e fogo...
Somos mais até quando somos ínfimos.
Somos orixás, deuses, anjos e demônios.
Pois somos o cosmos
Somos únicos e múltiplos.
Somos muitos e somos o deserto.
Poderosos mortais
que creem
e erguem
os dias,
os braços
e as
esperanças.
Todos os dias.
Em plena dislexia.