Sobre a noite...
Sobre a noite que aparentava infinita...
Onde os sonhos morriam no vazio...
A poesia sem rima, sem cor... maldita!
Trazia uma aridez em meio ao estio...
Um caminhar perdido e divagante...
Imersa numa escuridão sem dó!
Alma cansada de solidão errante...
Deixava pegadas tristes no chão de pó...
Por entre alamedas de árvores mortas...
Um caminho, uma luz se fez perceber!
Nem tudo se perdeu nesta vida torta...
Nem tudo morreu! Hoje há amanhecer...
Aquela que venceu o silêncio calado...
Não deixou de acreditar no coração!
Sabia que encontraria o ser amado...
E que o sofrer tratava-se apenas de ilusão...
Desde então segue altiva e determinada...
Ao encontro predestinado com o amor!
A sua frente o tudo e às costas apenas nada...
Só carrega agora a esperança no tudo que for...