AS FLORES DE MEU JARDIM
As flores de meu jardim hoje mostram a primavera,
E seus perfumes que flutuam entre brisas, não disfarçavam os tempos agridoces,
Que revelavam a luta e a esperança de um jovem menino em seu jardim.
Enquanto as sementes despontavam sobre a terra dançando o ritmo da vida,
As verdes folhas diversas vezes testemunharam,
O derramar de lágrimas que o triste coração um dia derramou.
As flores de meu jardim foram regadas com o doce orvalho e o sal que caia dos olhos,
E era lá que o sol parecia abraçar a pele fria que deseja um pouco de luz,
Presenteando com momentos suaves ao tumultuado coração.
Aquele que se perdeu quando apenas queria se encontrar,
Que enquanto contemplava o florescer, escrevia sobre o amar,
Desejando extrair das letras frias do poema, um sentimento real.
O mundo não perdoava, eram tempos austeros,
Mas foram as escolhas equivocadas daquele jovem que o envenenou,
Solitário, buscava salvação entre as flores de seu jardim.
Mesmo se sentindo protegido entre as cores de suas flores,
A solidão sorrateiramente se convidava a entrar,
E em seu jardim colorido algo parecia faltar.
Não era ruim sentir-se abraçado pelo sol, pelo contrário, nisso repousava a paz,
Mas o coração do jovem menino, envenenado pelos reais pesadelos,
Desejava ir além do sol, queria ver cores em um sorriso, e em outros abraços se encontrar.
Cante para mim, como as aves cantam celebrando cada nova manhã,
Me busque entre as flores do meu jardim,
Pois elas refletem o desejo da minha alma que sempre sonhou em amar.