Mar de Aquém e de Além

Mar de Aquém e de Além

Ah, Mar revolto distante,

que, no teu, escondes, fiel,

o sal de minhas lágrimas,

e a rugida raiva da minha alma

na tua turbulência nativa!

Despeço-me, já saudoso de ti!

Subo, sofrido, às montanhas

recortadas no éter celeste

de ciosos ventos agrestes

imersas no matizado lenhoso.

Busco, ali, meu amor perdido

na voracidade cruel das guerras

e de mil medos, que a cercam

eivados de espinhos sangrentos

e lhe erguem os braços suplicantes.

Beijarei os lábios de meu amor,

trémulos de frio e de desespero,

ternamente, e meus braços amantes

protegerão seu corpo alvo-rosáceo

despertando-a desta letargia mortal.

Ah, um dia, meu mar longínquo de além,

retornarei em esperança e paz, feliz,

ofertar-te-ei lágrimas saciadas de mim

e a felicidade de meu amor, lírio alvo,

de amoroso ventre dilatado de mais vida.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 30/06/2016
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