MORRENDO DE SAUDADES
*Elias Alves Aranha
Meu peito ardendo está
Por saudade de você
Sua ausência me faz delirar...
Provocando todo meu sofrer
A sua presença imagino ter
Ao sentir o vento sussurrar.
Com um desejo ardente
Aos raios do sol poente
No lusco-fusco do final da tarde...
No refugio apressado das aves
Na sombra da noite suave
A saudade me invade.
Com seu sorriso de carmim
À meia-luz no jardim
Na penumbra a sua imagem vejo...
Na névoa da madrugada
A brisa mansa caindo
No reflexo da calçada.
Na alvorada que está chegando
No brilho do sol irradiando.
E assim vou tocando em frente...
Entre o sonho e a esperança
No crepúsculo da bonança
Recitando condolente.
Certo de um final feliz
Da vitória que sempre quis
Dedicar-me-ei inteiramente...
Entregar-me de corpo e alma
À sua alma, à sua palma,
E deleitarmos eternamente.