Vivo, confesso!
Já amei sem medida
E odiei com paixão.
Lutei causas perdidas.
Perdi pro coração!
Abraçado à derrota.
Sabotei-me da glória.
Viajei destinos sem volta.
Aceitei.
Mereci sem querer!
Corri, caminhei por horas...
Desafiado, meu corpo sangrando,
E agora?
A mente turva
Curva, reta, urra...
Segura, o alívio,
A chegada, a vitória!
Furtei sonhos,
Tantos meus!
Pesadelos, lembro-me de todos.
Quem esqueceu?
Vivendo, confesso!
Sofrendo, revés, regresso.
“Depresso”.
Remédio, mudança,
Sucesso!
Ouvi contos
Cantei fábulas.
Fadas tontas
Bruxas árduas.
Assim se vai.
No fim me vou.
Querendo mais
Do amor que dou!