Espalhando sonhos
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Espalhando sonhos
A vida voa. O tempo voa.
Temos vidas e asas.
Então, podemos voar.
Se podemos, um convite:
- Voe para meus braços!
Sejamos a realidade plena.
Nada de mitologia,
nenhuma lenda...
Sejamos a prudência
que Ícaro não teve,
escutando a voz e a sabedoria
dos antigos.
Que o espírito inventivo de Dédalo
seja essencial dentro de nós.
Asas? Sim, que as tenhamos!
Sonhos? Sim, que os tenhamos...
Que nosso crime
não esteja nas espinhas de línguas ferinas.
Que nossa condenação
não nos leve a Creta, nunca.
Que nossas buscas
não se percam em labirintos...
E que o Minotauro
esteja apenas nos arredores da imaginação.
Que nunca nos percamos
nos labirintos da vida nem dos medos.
Que voemos, sim, ao sabor do Sol
- Sem perder de vista nenhum dos nossos sonhos,
sem cairmos em nenhuma tentação.
E que do mar, quando próximos,
tenhamos apenas o bailar das ondas,
refletidas em nossos corpos, cálidos,
que se movimentarão no mesmo compasso.
Sim, temos asas... E podemos voar a dois.
Faço agora o convite:
Aceitaria?
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 14 de maio de 2016.
12h52min
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