Nas linhas do teu olhar
Como saberei quem é você?
Se tudo é tão incerto ao meu redor...
Mas sei: lerei nas linhas do teu olhar,
E fará cessar a minha incontida dor.
A felicidade tomará conta deste lugar,
Devolvendo o real brilho do prazer.
Para o amor, só quero ter uma chance,
Não sei se existe ou será apenas ilusão.
Uma desculpa qualquer aceito a revanche,
Alguém que ponha um fim na solidão.
Tirando-me desse frio em que pereço,
O calor afável seja um novo recomeço.
Desejava ao menos neste momento,
Um sopro... Ou o sussurrar do vento.
Que nele estivesse o seu nome contido,
E ao meu anseio não fosse mais perdido.
Aliviando de minha alma o tormento,
Pondo um ponto final neste lamento.
Os dias vão se passando mais lentamente,
Ficando cada vez mais densa a ampulheta.
O barco vagando a deriva, triste desfeita,
Onde só encontro o total desalinho.
O pássaro longe de sua casa, o seu ninho...
Por que tem que ser forte o que mente?
Quando a noite vem, com ela a lua amiga...
As horas passam, vou te buscar ao novo amanhecer,
Será a grande motivação... A minha linha de partida.
Não me perderei em meio a tantos precipícios,
Por que te vejo ao longe, tu és o meu início.
Viver a vida distante da tua, é o que me castiga.