NA FORÇA DO VENTO
Planando, sou gaivota
Cuido eu da minha rota
Para fora e para frente
Viro cavalo num repente.
Uso a força do vento
Do meu voo é ela o alento
Nesse sopro eu me sustento
O horizonte é meu intento.
A vida muda, viro cavalo
Fujo da lama, pulo o valo
Noite escura, não me abalo
Galope ligeiro, vou no embalo.
Escolho a vida, escapo da cela
Na noite escura, pulo janela
E se me lembro dos olhos dela
Cavalo valente, quebro cancela.
Cavalo arisco, de nada temente
Da coragem tenho semente
Quando planando, sou gaivota
Meu olhar agudo nada embota.