Erguida
definitivamente indefinida
vou seguindo pelo caminho
um muro desaba a cada passo
numa longa noite deslizo
o olhar obstruído para o além
mantém icognoscível futuros destinos
empalidecem as estrelas da minha janela
resta uma fria névoa que paira e gela
faço a cama para amanhã aconchegar-me
num leito morno de flores hospitaleiras
caso a solitude da minha alma
se dê bem com a sutil beleza desse norte
caso minha fatídica incompletude suporte
e equilibre o peso e complexidade
do meu centro interno de gravidade
definidamente enfrento à frente
indefinitiva seguirei sempre
em frente