Sonhos adormecidos
A realidade que sou permitida a viver o grito anestesia,
Apenas para clarear as horas, os segundos a luz do dia,
Sombra perdida é tudo que vejo e nada mais percebo,
Sonhar o que me resta... e com gosto fazendo acabo.
Meus sonhos são sem dúvida tudo o que me acompanham,
Feito pedras que como eu, encontro perdidas pelo caminho,
Todos não as julgam necessárias, ninguém as apanham,
Meu pobre coração em desordem, um completo desalinho.
Trago comigo, marcado na alma sonhos adormecidos,
Na altura de meus desejos, nem sempre permitidos.
Quando inflamados, podes crer, são bem pervertidos,
Nada puros, insanos, mas ao meu modo divertidos.
Por isso , eu voo, cada vez mais alto, ninguém me alcança,
Sigo sozinha, voando jogada ao ar, meu espírito... A lança.
E ao toque de uma flor, delicada... frágil doce borboleta,
Desejando a um outro alguém estar presa, não mais liberta.
Desperte-me do sono de solidão, a primavera, outra estação,
É o que na pele sentir almejo, parar de anular e sair do casulo.
Desenharemos na linha da imaginação, coloridos os novos elos,
Com você ao meu lado, na alegria os sonhos realizados serão.