Novo dia
Não me rendo, e desentendo a cantada barata,
ela, depois das flores, me manda plantar batata;
Nem me ofendo, entendo a que sente diverso,
é outra, nem sei se sente, que me põe disperso...
Não desespero, pois, ainda quero ter esperança,
Contra o vento, e até o tempo, um sonho criança;
Não desanimo, não estimo buscar pelo em ovo,
Sei que o açoite da noite, se cura, num dia novo...
Não desencanto, enquanto existe sopro de vida,
Mesmo que, velha chaga inda traga, nova ferida;
eu, não desisto, e insisto em acreditar no incrível,
impotências, carências, não definem o impossível...
Não jogo a toalha, e que valha tentar, outro round,
Falsa, outra orquídea, e sua perfídia underground;
desencalho d'um baralho que sorteou dois de paus,
inda a ganho, a tempo d'um banho, nos dias maus...