CAMINHOS...
Caminhos tortos me torturam
Trilhas ásperas e sombrias
Quem sabe onde vai dar o amanhecer
Se o anoitecer teima em tornar-se infinito
E os parcos brilhos das estrelas que a molduram
Não passam de luzes frias e vazias
Mas quando for chegado o tempo de florescer
E o silêncio sufocar todo o grito
Quem sabe então raios de sol nascerão novamente
E cobrirão de esplendor todos que o adoram
Enchendo de flores a nova estação
Onde os brotos não demorarão a serem flores
E minha primavera então lhe tirara de minha mente
Não mais passando pelo tenebroso inferno de teu inverno
Não mais sofrendo por essa estranha saudade de ti
Ai então soltarei sim um libertário grito
Que expresse e expulse toda essa dor que há em mim
Caminhos retilíneos surgirão em meu destino
E caminharei sobre todas as tristezas e angustias
Chegando ao píncaro de mim mesmo
E de lá observarei toda minha vitoriosa caminhada
E quem sabe até serei um imenso farol
A tirar-lhe do obscuro mundo das ilusões Guiando-lhe através de você mesma
Para que assim atinjas toda luz que há em mim