ONDAS DE PAIXÃO
Ando num mar encapelado, com ondas de paixão,
Abandonado em alto mar, sem saber a triste razão
Que me lançou neste mar revolto, em cego perigo,
Ignorando como me salvar deste enorme castigo.
De águas quentes passei para águas frias, resisto
Para não sucumbir, nem salva-vidas me vestiram,
Sem nada me deixaram e tão mal me agrediram,
Perplexo com tamanha injustiça, eu não desisto.
Desceram à terra anjos protetores que me deram
Ânimo e coragem para vencer os muitos perigos.
As palavras que recebi, então me aconselharam,
A não desistir de colar os meus pedaços partidos.
As ondas de paixão são tantas, fora de controle,
Que tenho de resistir para enfrentar com dureza,
O mar encapelado que me leva à deriva consigo,
Triste me sinto por não merecer tamanho castigo.
Ruy Serrano - 29.03.2016