Autorretrato

Esta angústia me submerge.

Pelo coração age.

Com a vida forma o contraste.

De maneira bem distante.

Falta força...

Para com este mal destruir.

Com tudo de ruim aniquilar.

As frágeis barreiras reestruturar.

Pelos caminhos de pedras insistir.

Ninguém sabe compreender o que sinto.

Minhas tristezas e dores!

Ninguém sabe como me sinto.

Meus contratempos e desamores.

Ninguém sabe como me sinto.

Acho-me diferente e não minto.

Em desafio troca de favores!

Em minhas angústias obscuras.

Por essas ruas escuras.

Preciso soltar...

O grito preso na garganta.

Quero me libertar.

Das amarras me desprender.

Ter alguém para me levantar.

Tomar o fôlego para sobreviver!

Vivo presa nesta sala.

O que tenho me sufoca.

Afixia me provoca!

Falsos anseios a me torturar.

Falsa liberdade.

Nada que tenha verdade.

Vivo presa nesta cela.

A me desnortear.

Tenho vontade de possuir.

Alguma coisa para me distrair.

Você está fora do meu alcance.

Não tenho você por perto.

Você acha que está certo?

Esquece do que tens nas mãos.

Sempre cai em contradição.

Por isso, encontro-me perdida.

Sem você aqui desiludida!

Para o céu olho, às vezes,

Querendo encontrar.

Onde se deu o deslize.

Como foi que se perdeu.

O erro que se cometeu.

Não consigo enxergar...

Algo que isso finalize.

Algo que a dor paralise.

Em isso tudo um basta dar!

Em você não mais pensar!

A tua presença não mais desejar.

O teu corpo não mais tocar.

Meu desejo era sair desse lugar!

Um outro mundo desbravar.

É aqui aonde guardo as angústias.

Entra a emoção e os objetos.

Vejo que não é meu de concreto.

Sem um pouco de garantia.

Aonde será que está o correto?

Sem sombra de dúvida.

Não duvido...

Também nem acredito!

Ninguém sabe compreender o que sinto.

Minhas tristezas e dores!

Ninguém sabe como me sinto.

Meus contratempos e desamores.

Ninguém sabe como me sinto.

Acho-me diferente e não minto.

Em desafio troca de favores!

Em minhas angústias obscuras.

Por essas ruas escuras.

O que desejei ...

O sonho despertei!

Não foi isso aí!

Não foi assim.

Queria tê-lo por aqui.

Não vou negar:

Estou cansada.

E nem reclamar:

Estou errada.

Não me arrependo do que fiz.

O que quero busco como sempre quis.

Te olhando através do espelho.

Tento te buscar.

Almejo te alcançar!

Só que a cada segundo

Este sonho vai ficando velho.

Como a cada passo por esta estrada.

Que vai seguindo pela linha de partida.

Querendo cruzar a faixa de chegada.

Ninguém sabe compreender o que sinto.

Minhas tristezas e dores!

Ninguém sabe como me sinto.

Meus contratempos e desamores.

Ninguém sabe como me sinto.

Acho-me diferente e não minto.

Em desafio troca de favores!

Em minhas angústias obscuras.

Por essas ruas escuras.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 25/03/2016
Código do texto: T5584358
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