Campo de flores


Se me vejo entre as paredes
Rabiscadas de saudades
Transporto o pensamento
Para um mundo colorido
Onde a dor não faz morada.

Se me vejo solitária
Com vontade de ir embora
Busco o frescor das manhãs
Abrigo-me entre a relva
Tapete da mãe natureza.

Se sinto o existir vazio
Na noite que se agiganta
Desenho muitas estrelas
No céu azul da esperança
Sinto-me como criança.

Quando as tardes tristonhas
Trazem um rio de lágrimas
Abraço a tal da esperança
Canto para a lua acordar
Pronta para amar.

Nas incontáveis dores
Criei um campo de flores
Doce amor que se revela
Vestido de paz e prece
Onde a luz não fenece!


Ana Stoppa
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 25/03/2016
Código do texto: T5584270
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