Menos um dia
Outro dia amanhece...
O telefone toca...
Despertando logo cedo.
Para mais um dia de trabalho!
Uma sensação de melancolia provoca.
Salto da cama... não me atrapalho.
A vida desvanece...
Há tempos perdida.
Do travesseiro...
Já não tenho mais o aconchego.
A água quente que cai do chuveiro,
Entorpece os meus pensamentos.
Em meio aos meus devaneios divago.
Pois a realidade lá fora me cega.
Em meu corpo:
A água devagar percorre fria.
Perdida entre os labirintos.
O seu toque já não sinto!
A água sob o meu corpo:
Tem o efeito de anestesia.
A minha alma arrepia.
Meu pequeno e grande universo.
Preso às armadilhas de um corpo tenso.
Às vontades dos outros tão propenso.
Em outros olhos enxergo a maldade.
Os outros rostos estampados à falsidade.
Pessoas que não sabem viver com simplicidade...
Esta mesma e pura realidade.
Que consigo ver dentro de mim!
Por que não pode ser assim?
Para quê indagar?
Em confusões de palavras:
Não vejo respostas!
Para quê procurar?
Em ordem as palavras:
Não há respostas!
Apenas para o ser aniquilar!