Menos um dia

Outro dia amanhece...

O telefone toca...

Despertando logo cedo.

Para mais um dia de trabalho!

Uma sensação de melancolia provoca.

Salto da cama... não me atrapalho.

A vida desvanece...

Há tempos perdida.

Do travesseiro...

Já não tenho mais o aconchego.

A água quente que cai do chuveiro,

Entorpece os meus pensamentos.

Em meio aos meus devaneios divago.

Pois a realidade lá fora me cega.

Em meu corpo:

A água devagar percorre fria.

Perdida entre os labirintos.

O seu toque já não sinto!

A água sob o meu corpo:

Tem o efeito de anestesia.

A minha alma arrepia.

Meu pequeno e grande universo.

Preso às armadilhas de um corpo tenso.

Às vontades dos outros tão propenso.

Em outros olhos enxergo a maldade.

Os outros rostos estampados à falsidade.

Pessoas que não sabem viver com simplicidade...

Esta mesma e pura realidade.

Que consigo ver dentro de mim!

Por que não pode ser assim?

Para quê indagar?

Em confusões de palavras:

Não vejo respostas!

Para quê procurar?

Em ordem as palavras:

Não há respostas!

Apenas para o ser aniquilar!

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 22/03/2016
Código do texto: T5581488
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