Não há mais culpa
Fechem-se as portas, não quero mais ver
Não me interessa quem anda por aí
Passaram-se séculos de saber e não saber
Lutas sangrentas, álgebras gentis
Naves velejando pelas correntes
Em novos continentes, mães febris
Mãos que suplicaram novas rezas
Açoite tocando escravo, o que fugiu
Ninguém o acusa, não há mais culpa
As cinzas do carvão diz que está aqui
No preço que se paga pela carne
Apagou-se entre as letras de nanquim
Cavalgou pelos campos sem a sela
Preso a negra crina de um cavalo
Levando os velhos mapas que encontrara
Cantando suas cantigas feito um bardo.