RENASCIMENTO
Dor desatina em mim…
vida renasce num segundo,
respirando num etéreo mundo
Lá naquela rota sem fim
E, agora!? Lamúrias afundadas
nos prazeres notívagos
derramados em lençóis vagos
naquele horizonte de mãos dadas
Braços da noite mansa
levam sentimentos a gargalhar
Como impiedosa chuva a galgar
Sem luar ali tudo cansa
Ondas esticam praia edénica
excitadas pelos mesmos ventos
que também sopravam relentos
levando-os aquém da ternura cénica
Mais não sou do que esperança
Verdejando utopicamente o mar
E desvendo mistérios para te amar
Sob o fluir do tempo d’aliança…
Benguela, 10 de Março de 2016