Sinto falta...
De muitas coisas boas, que já não voltam,
Vozes, momentos, olhares, vida passada;
Sinto falta do riso, palavras não se soltam,
Como antes; tudo certinho, quase nada...
Mas um tudo, que me alegra, me faz viver,
Até do meu nome, pronunciado com carinho;
Do carinho nas palavras, sem medo de ser,
Feliz! De distância ser detalhe, e sozinhos...
Não éramos. Sinto falta, tanta falta, e choro,
Ao lembrar... É possível viver de lembranças?
Ou se morre cada dia? Por nós, sempre oro,
Sejamos almas, tão puras como de crianças.
Para que um dia toda dor, se torne alegria,
E de repente ser feliz, seja mais que poesia;
E nos reencontremos em paz, e muito amor,
Tudo de ruim esquecido, até a tristeza e dor.