Realismo Mágico
Sempre que deito pela morte interina
Vem o sonho e me acorda por dentro;
Trazendo a mulher um tanto, menina,
Que há muito ocupa, da vida, o centro...
Ressuscita-me contra a prima vontade,
nem reclamo, com ela, vale estar vivo;
porque, quem dá as tintas, é felicidade
com essas cores, se faz novo o arquivo...
Mas, é mais que sonho a arte de viver,
Ela precisa pintar seu realismo mágico;
Digo, sonho vale deveras, se acontecer,
Senão, vira um mero pesadelo, trágico...
Os bens do infortúnio terão seu arresto,
E o porvir que me acena, parece bonito;
Afinal, uma vírgula só, se torna um texto,
Quando esperança já plasmou seu escrito...