Fronteiras

O medo as vezes toma a dianteira.

De tantas maneiras,

Que de dentro de mim ele grita,

O que pouco posso falar,

Enquanto a sua falta me fez voar em fronteiras,

O seu excesso me deixa plantado,

No ponto exato,

Do mesmo lugar.

Qual medo seria,

Pra me deixar sem sentidos,

Sem o sentido exato da palavra e do verbo?

O mesmo medo eu diria,

Que mesmo em quem nem queria,

Prendendo em quem nem sofria,

Correntes de ferro.

O medo do voo,

Faz agarrar-se ao ninho

Tanto passarinho,

Que precisa voar,

Mas no fim, ele voa,

Vencendo seu medo,

Pois é seu destino,

Pois é seu lugar

Ela jura que já teve medo...

Ele disse que nem já tem mais...