Semeadura

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Semeadura

Meu amor tem tênues fronteiras,

limites, imposições.

E se reveste de medos.

Fronteiras singulares e impostas;

limites ponderáveis e sufocantes.

Imposições de inesgotável temor.

Meu amor usa vestido longo,

entre peles negras e enfeites de caju.

É divindade insubstituível e plena.

Meu amor posa para fotos à beira da estrada,

reluzente e despreocupada.

Enquanto eu, cá sozinho, apenas espero.

Meu amor precisa sair do casulo,

voar a dois, construindo e semeando...

No fértil terreno do ventre que desejo habitar.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 4 de janeiro de 2016.

23h21min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 05/01/2016
Reeditado em 05/01/2016
Código do texto: T5500659
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