Recomeçar
Tarde da noite.
Uma vela para fazer companhia...
Uma garrafa de bebida para esquecer.
Esquecer uma vida de devaneios,
loucuras, ilusões...
amores impossíveis.
Nem mesmo a lua ousa aparecer
para amenizar o sofrimento.
Nem mesmo a luz de uma única estrela solitária,
para afastar a loucura.
A chama da vela caminha lentamente...
dançando sobre o pavio.
É como uma vida se acabando...
Uma vida se destruindo.
Mas ainda há tempo:
O fogo que destrói,
é o fogo que renova.
Uma esperança.
A garrafa se estilhaça na parede:
não há mais espaço para covardia.
A chama da vela se apaga.
É o fim?
Por entre as nuvens,
surge a luz da aurora.
Recomeço.