VISTO A MINHA PELE

Visto a minha pele de espinhos,

Para me defender de agressões

De certos homens aracnídeos,

Que na pele deixam erupções.

Visto a minha pele com laços

De amor para cativar carinhos,

Que minhas amadas teceram

Em abraços que me enviaram,

Visto a minha pele de críticas,

Ao quadro negro que criaram

Com cores fortes de desânimo,

Sem nos dar o direito à defesa.

Visto a minha pele de escamas

Para me proteger dos ataques

Dos subaquáticos que à tona

Da água lançam duros golpes.

Visto a minha pele de coragem

Para enfrentar as mui perigosas

Incursões de grupos guerreiros

Que tentaram espoliar herdeiros.

Visto a minha pele de caixa forte,

Para proteger minhas poupanças,

Que perigosos bancos cobiçam,

Tentando aliciar quem acredita.

Visto a minha pele de esperança,

No novo ano que agora começa,

Razão da minha fé e confiança,

De tudo ser uma diferente peça.

Ruy Serrano - 03.01.2016

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 03/01/2016
Código do texto: T5498995
Classificação de conteúdo: seguro