AINDA TENTO TER ESPERANÇA
Ainda tento resistir, mesmo em meio à dura realidade.
Ainda tento sobreviver, mesmo em meio à agonia do tédio.
Ainda tento encontrar-me, mesmo em meio à multidão perdida.
Ainda tento ser feliz, mesmo em tempos tristes, buscando a felicidade.
Ainda tento erguer a cabeça, mesmo oprimido por muros de concreto.
Ainda tento ter esperança, mesmo vendo o tempo diminuir a vida.
Ainda tento encontrar forças, mesmo cansado e esgotado das andanças doloridas por sertões e cidades.
Ainda tento curar-me, mesmo sentindo a tortura da imensa dor.
Ainda tento ver-me, mesmo envolto em fria solidão.
Ainda tento o prazer, mesmo observando o jardim sem flor.
Ainda tento ter ânimos, mesmo na massa de decepção.
Enfim, ainda tento ser eu, mesmo em meio a tipos padronizados,
mesmo em meio a um oceano de manipulações, mesmo excluído por um sistema monopolizador , mesmo perdido tentando encontrar-me. Ainda tento tento ter esperança, mesmo me sentindo como peixe sem nadadeiras, levado pela correnteza.