Da varanda!
Na varanda do alto do meu ser,
Fiquei olhando pro nada,
Sem saber o que iria acontecer.
Olhei os pássaros voando,
Um jovem casal se apaixonando,
Olhei para os carros passando,
E um senhor idoso reclamando.
E da varanda,
Escondido do mundo,
Percebi que no fundo,
A vida não anda.
Quem anda é o cidadão,
Eu, você, o menino da bicicleta,
E aquele garoto, que se diz poeta.
O tempo é sossegado,
É pacato e segue sempre o seu rumo,
Sem pensar em você, em mim,
Ou naquele menino da bicicleta.
É a nuvem quieta,
Flutuando no céu,
A abelha pousando na flor,
Pra poder fabricar o mel.
Na varanda do alto do meu ser,
Deixei pra lá a inquietude,
E como nuvens de algodão,
Decidi que o melhor mesmo...
É acalmar meu coração.
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