De virada

Despiu-se da pesada bagagem

que tanto mal lhe fez

Nada mais quis do que migrar

(como pássaro)

para um espaço aberto – sem teto

onde pudesse se reencontrar

Nessa virada

l – e – n – t – a – m – e - n – t - e

conhecendo todas as cartas

jogou sem medo

venceu seus receios

recomeçou a viver

Desejou luz – muita luz

dias produtivos

e (acima de tudo)

poetar sem compromisso

varando as madrugadas

(escrita para o Caderno Literário Pragmatha 74)

Rosalva
Enviado por Rosalva em 04/12/2015
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