Alquimia
Quais são os vãos em que se escondem
a infinda significação que podemos dar
ao tão necessário e fortalecedor estado
de esperar a bem-aventurança do amor?
Em busca das frestas de ar puro
tateamos no escuro
o limiar entre calma e agonia.
Uma que sangra e outra que é cura da ferida.
O próximo segundo incognoscível
é como uma canção perturbadora
que desconhecemos a língua.
Surdos à sua magia, afogamo-nos à revelia.
A esperança é de fato verde
ponto médio do espectro de luz visível,
como o trevo quádruplo a assinalar
o caminho do meio: o ser e estar equilibrado.