Limites da Sensatez

"Fico

Às vezes fico imaginando como será nós dois

Será que tanto amor não vai nos unir depois

Ou simplesmente vamos ter que resistir outra vez?

Penso

Às vezes penso se há outro sentimento maior que o amor

que nos separa enchendo nossos peitos de mágoa e dor

Será que ultrapassamos os limites da sensatez?

Vejo

Vejo os dias passando e eu, e você, nós, ainda separados

Cada vez mais os nossos corações loucamente apaixonados

E nada parece nos mostrar uma solução plausível

Sinto

Sinto uma vontade insana de gritar aos quatro cantos

Que eu simplesmente te amo, te amo, te amo, te amo tanto

Não sei porque eu retenho o meu grito inaudível

Ouço

Ouço as vozes da paixão me impulsionando a gritar teu nome

Esta paixão violenta que aos poucos me definha, me consome

Mas as vozes da razão, sem razão, me fazem calar

Finjo

Finjo que dentro de mim os sentimentos se entendem

Que os grilhões do desespero em hipótese alguma nos prendem

Que em breve essa ignominiosa insensatez vai passar

Quero

Quero desesperadamente me envolver em teus abraços

Me afogar, sem salva-vidas, no aconchego dos teus braços

Me perder, para todo o sempre, na doçura dos teus beijos

Espero

Espero que o tempo, a tempo, nos prendem no laço do amor

Que a eternidade dos anos, de nossa história, seja glosador

Que em nossos corações se eternizem os nossos desejos!"

Renato Brial
Enviado por Renato Brial em 29/06/2007
Reeditado em 10/02/2010
Código do texto: T546200