ESPERANÇA ZOMBETEIRA

A cada dia o amanhecer vem forte

das dores anteriores... resta o eco,

da alegria resta a fé em mais um dia...

resta hoje a luta nova contra a morte.

Mas se até os rios morrem

o que nos resta?

O que de ensino há na estupidez?

Talvez no revoar de um passarinho,

renasça a confiança tão cansada,

ou mesmo na onda firme barulhenta...

com vida intrepidez e teimosia...

que briga e se acomoda na enseada.

E a vida vai passando tão ligeira,

nem dá tempo pra ver da janelinha,

só resta a novidade deste instante,

um colo, um céu azul belo e distante.

Um andar, uma esperança zombeteira.

Dete Reis

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 24/11/2015
Reeditado em 17/02/2019
Código do texto: T5459504
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