NUMA MANHÃ...

Numa manhã tão clara de verão

Não achei que mudaria minha vida

Não sabia que iria iluminar meu coração

Não sabia que ela não seria esquecida

Olhei-a como um pássaro livre voando

Ela me olhou como uma criança perdida

Não imaginei que apenas estava começando

Que não seria um olhar de partida

Adentrei teu coração de amor e carinho

Pareci uma águia ao ir tão rápido assim

E com o tempo a flor foi criando espinho

Mas a queria por perto de mim

Algo me dizia que era um belo destino

Mas tão traiçoeira é a vida que minha é

Algo me dizia que deixaria de ser menino

Me entrava na cabeça conhecer aquela mulher

Fui adentrando a tua confusa e calma mente

Desesperei-me de tanto olhar-te a alma

A pergunta como estava, como se sente

E com seu belo sorriso, dizia-me estar calma

Eram tantas confusões no universo de nós dois

Eram tantas, que queríamos conversar depois

Minha vasta ansiedade me atormentava

Por um momento, imaginai que a amava

Nessas tempestades que vivi nesse tempo

Não pude perceber que o errado era eu

Joguei tantas coisas boas sobre o vento

Até que chegou o dia que a paixão morreu

Nas memórias que deixei sobre a mesa da solidão

Eu tentei, eu tentei, encontrar seu coração

Mas agora, partimos os nossos destinos

Diz a lenda que ele não deixou de ser menino

Mas não me diga que tudo está perdido

Quando há esperança, até o cego vê

Essa desgraça não irá me vencer

Pois seu amor não será esquecido