PARIS ENLUTADA
A dor que a gente sente
Não pode ser sentida por outra pessoa...
Atentados, mutilados, a dor e o desamor vencendo isolado
De onde vem o mal se existe o pai celestial
E se o pai celestial não existe de onde vem o bem?!
Corpos cobertos na calçada, seres alados
Amor escrito pelo lado contrário, sem amém...
Tudo muito rápido corpos inocentes voando
A bomba estilhaçando carnes e criaturas
Tendo o mal como cruel assinatura...
Nada é mais cego que o nunca
E tudo... nunca será em vão para todo o sempre
Seres se apagando na cidade Luz
Irmãos nossos na escuridão da cruz
A cruentação da fatalidade por mera liberalidade
Vítimas do mal, relógios no chão na hora errada
Até quando a crueldade, a barbárie desenhada
Como pano de fundo a correria em fuga para uns pelas ruas e calçadas
E a mortandade dividindo a agonizante
Humanidade pelas ruas ensanguentadas
E os corpos sem vida sendo embrulhados em papel manteiga...
Não podemos eliminar o mal insaciável da humanidade
Mais com o bem do amor maior podemos tirar-lhes a força
O bem precisa com o tempo estar fortalecido
Sendo maior na alma que no corpo já crescido
Perdão peço por todos os que choram, piedade
Aos que lamentam suas perdas excruciantes pelas suas veredas
O faroeste calcinante e tecnológico da maldita explosão
A sexta feira treze da estupidificação da besta
Não terá sido em vão, comiseração
Irmão do bem não pode cortar sua própria carne por religião
A hora agora é de muita oração.