PARIS ENLUTADA

A dor que a gente sente

Não pode ser sentida por outra pessoa...

Atentados, mutilados, a dor e o desamor vencendo isolado

De onde vem o mal se existe o pai celestial

E se o pai celestial não existe de onde vem o bem?!

Corpos cobertos na calçada, seres alados

Amor escrito pelo lado contrário, sem amém...

Tudo muito rápido corpos inocentes voando

A bomba estilhaçando carnes e criaturas

Tendo o mal como cruel assinatura...

Nada é mais cego que o nunca

E tudo... nunca será em vão para todo o sempre

Seres se apagando na cidade Luz

Irmãos nossos na escuridão da cruz

A cruentação da fatalidade por mera liberalidade

Vítimas do mal, relógios no chão na hora errada

Até quando a crueldade, a barbárie desenhada

Como pano de fundo a correria em fuga para uns pelas ruas e calçadas

E a mortandade dividindo a agonizante

Humanidade pelas ruas ensanguentadas

E os corpos sem vida sendo embrulhados em papel manteiga...

Não podemos eliminar o mal insaciável da humanidade

Mais com o bem do amor maior podemos tirar-lhes a força

O bem precisa com o tempo estar fortalecido

Sendo maior na alma que no corpo já crescido

Perdão peço por todos os que choram, piedade

Aos que lamentam suas perdas excruciantes pelas suas veredas

O faroeste calcinante e tecnológico da maldita explosão

A sexta feira treze da estupidificação da besta

Não terá sido em vão, comiseração

Irmão do bem não pode cortar sua própria carne por religião

A hora agora é de muita oração.

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 14/11/2015
Reeditado em 14/11/2015
Código do texto: T5448764
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