AS LÁGRIMAS DO VENTO

Não se espante se o vento,

Com um barulho bem lento,

À sua porta bater

Narrando uma história,

Bem guardada na memória,

Escute-o! Você vai ver

Que ele chora de saudade

Da brisa que, na verdade,

Passou e não vai voltar!

Do tempo que foi perdido,

De um amor esquecido,

Que ele insiste em contar.

Deixe-o chorar baixinho,

E, depois, seguir caminho,

Tendo leve o coração.

Se ele encontrar a brisa

Que a areia do mar alisa,

Aí, sim!... Será canção...

***

Maria do Socorro Domingos

João Pessoa, 06/11/2015

Mariamaria JPessoa Pb
Enviado por Mariamaria JPessoa Pb em 06/11/2015
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