Vamos navegar...

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Vamos navegar...

Estou na margem do rio.

À margem da vida,

longe de tudo que amo.

Lanço pedras que afundam...

Removi a superfície,

burilando as concêntricas ramificações.

Concentro-me na vida.

Despeço-me do sofrimento.

Persistente, apenas a tua memória.

Da menina que morreu.

Da mulher que floresceu...

Sem deixar traços de maldade;

sendo a dama do cetim amarelado,

do vestido doirado,

dos cabelos ao vento...

A pedra está no fundo do rio.

Meus olhos singram as bordas da ilusão.

Toco os álveos da terceira margem,

na terceira via da terceira noite...

Quando dormimos, sem medo:

formando duas lindas conchinhas!

Nijair Araújo Pinto

Iguatu-CE, 25 de março de 2015.

16h17min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 23/10/2015
Código do texto: T5425078
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