Mesma Rotina

Não sei quantos são os meus dias,

Se soubesse não sei o que faria,

Se alguma coisa mudaria,

Ou se deixaria tudo como está.

Tem dia que a gente chora,

Acha que é certo ir embora,

Mas quando se põe da porta pra fora,

Não vê a hora e logo quer voltar.

Então porque se preocupar com coisa atoa,

Correr sempre atrás de uma vida boa,

Ter um pássaro à mão enquanto o outro voa,

É coisa estranha, mas é assim que acontece.

E a gente não acredita se os olhos não pode ver,

Se apega em coisas que não se pode ter,

E ainda é cético quando se diz é preciso saber viver,

E finge que a dor é algo que facilmente se esquece.

Prometemos a nos mesmo que faremos algo diferente,

E logo caímos na mesma rotina, nos tornamos ausentes,

Daí vemos que nossa luta é mesmo incessante,

E sabemos de antemão como isto vai acabar.

Começamos a pensar em novas promessas,

Vamos devagar, não precisamos ter pressa,

Se soubesse que novamente cairia nessa,

Teria pensado numa forma de me safar.

Cleilton F Vieira
Enviado por Cleilton F Vieira em 19/10/2015
Código do texto: T5419702
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