Das trevas à fé

Das trevas à fé

A densa ventania anuncia

Prelúdio de dias tempestuosos

A morte surte e denuncia

Esmagando os ossos ruidosos

Cá estão os cavaleiros da morte

Vestindo suas mortalhas pútridas

Com eles as Trevas como consortes

Dançam sobre as carcaças mórbidas

Macabro cortejo traz a desolação

Banhando-se em sangue e gritos

O brilho da lâmina e a dilaceração

Encerrando a lamúria dos aflitos

Deixada para trás cena horripilante

O sangue e a terra a se misturar

O vento sopra sereno e tranquilizante

Traz assim à semente a germinar

Surge então à tímida e frágil flor

Consigo a esperança vem a brotar

Não importando o tamanho da dor

A fé como flor deverá crescer e prosperar

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 16/10/2015
Código do texto: T5416252
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