Das trevas à fé
Das trevas à fé
A densa ventania anuncia
Prelúdio de dias tempestuosos
A morte surte e denuncia
Esmagando os ossos ruidosos
Cá estão os cavaleiros da morte
Vestindo suas mortalhas pútridas
Com eles as Trevas como consortes
Dançam sobre as carcaças mórbidas
Macabro cortejo traz a desolação
Banhando-se em sangue e gritos
O brilho da lâmina e a dilaceração
Encerrando a lamúria dos aflitos
Deixada para trás cena horripilante
O sangue e a terra a se misturar
O vento sopra sereno e tranquilizante
Traz assim à semente a germinar
Surge então à tímida e frágil flor
Consigo a esperança vem a brotar
Não importando o tamanho da dor
A fé como flor deverá crescer e prosperar
Eduardo Benetti