Beco.
Espero o frio da ventania,
Pele macia, de lã cálida,
Suave veneno, que se entalha,
Abaixado com os olhares averso.
Talvez eu conheço as noites frias,
Onde se traça a solidão ingrata,
No beco da alma intitulada,
Pois o verão me recolheu pálido.
Ante o inferno que se consagras,
No começo deste ventre astral,
Frente, pelos anseios das águas.
Como um escaravelho nas areias,
Os céus se puseram a tocar-me.
Abrandou-se a minha morte imatura.