Andarilhos.

Se tens belezas, vezes são vezes,

Benditos, vícios da carne fresca,

Serás tão bela verdade, libertada.

Por tão gentis, somos amaldiçoados.

Arrastando-nos aos pés andarilhos,

Conduzindo-nos como teus servos,

Nas margens do extremo exício,

Ó, tentação da noite, imunda.

Cá, atentais, os dias como tua missão,

Na dura, audição do anjo protetor,

Pois fostes tu o cais de uma asneira.

Cruza-te, caminhos, em solenidade,

E de longes és tão fácil vigiada,

Na vil face que implora evanescente.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 21/09/2015
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