Setenta

Quando se pega

o caminho reto

dos setenta,

ileso, sobrevivente

e salvo

dos vendavais,

cada vez mais discreto,

o homem reduz a pressa,

sentindo, pressentindo

o tempo por um fio

das primaveras finais...

Setenta?

o rumo fica

mais correto,

a esperança segue

na frente

da caminhada regressa

da vida;

fuja do fracasso,

não se detenha na curva

do desânimo na lida,

se agaselhe desse frio,

evite o dissabor;

abrigue-se no abraço

de quem pode acompanhar

seu passo...

ah! vai ter que marchar

no compasso do amor

Ivone Boechat
Enviado por Ivone Boechat em 11/09/2015
Reeditado em 15/09/2015
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