MEDRANÇA

O vento se enrodilha no tronco cascudo

Da quaresmeira florida, ainda quase anã.

Mês de julho se despedindo da friagem pouca,

Arrefecida nos capões verdolengos que ainda restam,

Próximos ao minguado Ribeirão Samambaia.

Corre em mim um desejo lerdo e constante

De ser aragem, de ser brisa em viagens algures,

De ser vento viajor, enredeiro cidadão do mundo,

Porque ser vento sugere movimento;

Não é vento a madorra repleta de mesmices.

Serei sopro de ar sobre a terra...

Serei cantinela em moviVENTO!

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 07/09/2015
Código do texto: T5374156
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