MEDRANÇA
O vento se enrodilha no tronco cascudo
Da quaresmeira florida, ainda quase anã.
Mês de julho se despedindo da friagem pouca,
Arrefecida nos capões verdolengos que ainda restam,
Próximos ao minguado Ribeirão Samambaia.
Corre em mim um desejo lerdo e constante
De ser aragem, de ser brisa em viagens algures,
De ser vento viajor, enredeiro cidadão do mundo,
Porque ser vento sugere movimento;
Não é vento a madorra repleta de mesmices.
Serei sopro de ar sobre a terra...
Serei cantinela em moviVENTO!