QUIETUDE

Quieta quisera que estivesse minha mente.

Falo para ela sossega, para de relembrar.´

É noite, é cama, é escuridão,

Vai dormir e relaxar.

Rezo, canto canções de ninar, tento desligar.

Mas não, penso e repenso e ela não aquieta.

Vêm verdades e ela desmente.

Vêm mentiras que não convencem.

Vêm lembranças que não se cansam.

Os travesseiros caem

O lençol a cama esquentam

E a mente não para com seu remetente.

A quietude das horas noturnas

Não dá sossego aos neurônios

E tenebrosamente vejo os ponteiros andando

Como um fantasma a me atormentar: 1...2....3....4....5 horas

Ai, ai, ai, os primeiros raios do dia apontando

O restinho da noite indo embora

E eu querendo num último apelo, implorando:

Não deixa o dia chegar

Sem que eu pare de pensar

Aquiete-me, por favor,

Adormeça-me, me faça sonhar,

Pelo menos um pouco antes desse sol raiar.

Agradeço a interação do nosso amigo poeta NOGAM BEIJA FLOR:

Essa tua quietude e distância

Dilacera minha alma e coração

Acaba com a felicidade e alegria

Mas, não acaba com esta paixão.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 04/09/2015
Reeditado em 04/09/2015
Código do texto: T5371093
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