QUIETUDE
Quieta quisera que estivesse minha mente.
Falo para ela sossega, para de relembrar.´
É noite, é cama, é escuridão,
Vai dormir e relaxar.
Rezo, canto canções de ninar, tento desligar.
Mas não, penso e repenso e ela não aquieta.
Vêm verdades e ela desmente.
Vêm mentiras que não convencem.
Vêm lembranças que não se cansam.
Os travesseiros caem
O lençol a cama esquentam
E a mente não para com seu remetente.
A quietude das horas noturnas
Não dá sossego aos neurônios
E tenebrosamente vejo os ponteiros andando
Como um fantasma a me atormentar: 1...2....3....4....5 horas
Ai, ai, ai, os primeiros raios do dia apontando
O restinho da noite indo embora
E eu querendo num último apelo, implorando:
Não deixa o dia chegar
Sem que eu pare de pensar
Aquiete-me, por favor,
Adormeça-me, me faça sonhar,
Pelo menos um pouco antes desse sol raiar.
Agradeço a interação do nosso amigo poeta NOGAM BEIJA FLOR:
Essa tua quietude e distância
Dilacera minha alma e coração
Acaba com a felicidade e alegria
Mas, não acaba com esta paixão.