O último dos moicanos?

Impotente e sequioso como quem torce,

Pra que seu time vença, arrase aos rivais,

Me vejo usando o velho Código Morse,

Torcendo que ela veja e entenda os sinais...

Sei que anomalia não é uma coisa normal,

E esse anômalo desprezo tem um motivo;

Com os meus botões posso imaginar qual,

Deixemos ciscos e grãos ao vento, e ao crivo...

Nada cobro, deixo que de mim você prive,

Digo, saiba eventuais motivos que animem;

Quem ama, deveras, nada impõe, deixa livre,

Diferente de uns que, “amam” e oprimem...

Claro que tonteia essa compulsória cachaça,

E o tonto erra, mesmo que acertar ele tente;

Envie-me, pois, que seja, um sinal de fumaça,

Se na tribo do amor restar um sobrevivente...

Ou, vou me pintar pro funeral soltar o pranto,

Se acaso os cara-pálidas acabaram com a aldeia;

Meu amor, o último dos moicanos, entretanto,

Acredita não ser o último, ou, quiçá, devaneia...