VISÕES
Quando eu tiver os meus cabelos brancos,
Oh! Que glória!
Já terei vivido
e já terei sofrido
E minhas faces: já queimadas
pelo sol da existência.
Oh! Que maravilha!
E como brilha
a reverência.
E minha pele: encarquilhada,
ressequida, já manchada,
sem brilho e sem vigor.
Oh, quanto respeito
encerrarei
por meu amor!
Meu velho corpo: recurvado
maltratado e sem destreza.
Eu cismarei meu ser.
Oh, que desventura!
Quem há de ter
quando eu morrer?!