Chuva de estrelas

Na noite, há chuva de estrelas, e se visse uma delas,

Faria um pedido, com todo carinho, se fosse atendido;

Amanheceria primavera em pleno inverno, aquarelas,

Em forma de versos, que o poeta teria, enfim, tecido...

Se visse uma apenas, o coração finalmente acalmaria,

Sossegaria esse ser inquieto, de pensamento distante;

Deixaria Marte e Vênus, para a terra, então retornaria,

Na certeza que as voltas que o mundo dá, um instante...

Se tornaria mágico, com o retorno da poesia esquecida,

Mas se chove estrelas, olhos embaçados não deixam ver;

E o pedido, fica guardado, pó de esperança adormecida,

No rastro que ainda promete, o céu, outra vez, te trazer.