Folhas em branco
(...) Estava presa em mim, eu era o meu próprio mártir. Como uma folha em branco, sem versos, sem serventia, amassada por mãos maldosas que deixaram marcas em meu corpo, marcas das quais eu jamais me libertaria... Nem se me reciclassem mais umas dez vezes. Agora... não há mais resquícios nem manchas. Há uma folha colorida, linhas preenchidas com belas palavras, vírgulas múltiplas e pontos intermináveis de sensações miríficas.