UM MEDITAR CONSTANTE

Este meditar constante que não me deixa,

É uma tortura permanente que me invade,

É um recordar dum passado bem presente

Que não consigo que se mantenha ausente.

Gostaria de voltar ao princípio da curta vida

Para ir buscar o que de melhor assim deixei,

Momentos únicos e felizes que então passei,

Num mundo de verdade e de muita fantasia.

Este meditar constante sabe bem recordar.

Faz parte duma vida intensa que se perdeu,

Tal como se tivesse diluído em noite de breu,

Que já não é possível nada poder recuperar.

Este meditar constante é a minha companhia,

Deito-me e levanto-me com ele, de noite e dia,

Não me deixa, faz parte da minha existência,

Sinto-me bem pela sua constante pertinência.

Ruy Serrano - 10.07.2015

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 18/07/2015
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