CAMINHANDO EM DIAS CINZENTOS
Dias cinzentos, o frio cortante a envolver-me,
No horizonte vejo evaporar as alegrias.
A solidão de braços abertos a conter-me
Em seu peito frio, e eu seguindo sua lida.
Olho em volta, mundo de tristeza,
Há muito envolto no caos,
Já faz muito tempo que perdeu sua beleza,
Vejo a prosperidade dos corruptos semeando o mal.
Seres de essência maltrapilha e deprimida,
Vagando como peregrinos em uma existência vazia,
Querendo o lucro a qualquer custo, sem nenhuma lealdade,
Enganados, imaginando que só o dinheiro traz felicidade.
O meu ser anseia recolher-se no subsolo em assombros,
Mas tento caminhar em direção ao horizonte nublado,
Vagando entre uma humanidade em escombros,
Na esperança de encontrar os desejados dias alados.