A esperança que não tem sua morada

A sua rua era bela e eu com isso?
Estivemos juntos e nem amamos
a cada esquina, a cada demolir-se
sendo eu a tua indesejada farsa...

Somei os pontos e ganhei a vida
Fizemos o alarde do falso desejo
e nunca nos entregamos amados
sendo você a conspiração gelada

Fiquei na praça e te esperei frágil
E sabemos que jamais esquecerá
que fui a deixada pra trás, iludida
solitária a esperar com as orações

Na esperança, repousada ao seios
O que me destroça com desordem
andarei pensando em ti, desatino!
Uma felicidade que será esquecida

De mim veio um desejo de donzela
Ficar a sós, a esperar que você ria
e sorrindo ameaçar o porto seguro
onde mais estarei querendo reviver

Esperanças tem praias, colinas, luz
Concebo com isso um paraíso meu
e sei chorar por ti, por cada aflição
a deitar ao solo gramado esta reza

Lamento, por sua cidade desértica
Por tudo que me disfarça desafeto
a sua incerteza do vago amorzinho
a sua verdade nua que me engana!

Adeus, adeus, nos versos corridos
uma palavra que te atordoará única
uma frase que te ensinará caminhar
um fim impostor para nós solitários

Afinal somos perdidos na noite fútil!
Esperanças agora nomeiam trilhas...

um mimo de presente - Jú feliz...
Jurubiara Zeloso Amado e Francisco Carlos Amado o pai/mãe de Avataras
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 29/06/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5293639
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