A dois, esperando
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A dois, esperando
Escutei teu nome.
Duvidei.
Espantou-me o codinome.
Beijei o tempo,
observando o beija-flor.
Sons dissonantes.
Escutei.
Desarmonia bitonal...
Toquei teu semblante,
na estática fotografia.
De silêncios sobrevivo.
Observei.
De reticências também.
Tua humanidade absoluta
deveria relativizar-se por nós.
Mas meu erro foi acreditar.
Delirei.
Burilou-me o sentimento.
De todas a ranhuras,
ficaram tuas unhas na parede.
Nijair Araújo Pinto
Fortaleza-CE, 16 de junho de 2015.
16h23min
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